Sou alguém que ama de verdade.
Que sente de verdade.
Que sorri de verdade e chora de verdade.
Alguém que tem erros de verdade.
Alguns acertos de verdade.
Poucos amigos de verdade
e amores que acreditei de verdade.
Talvez seja por isso que me magoem de verdade.
Mentem de verdade e me esquecem de verdade.
Uma pena que não me amem de verdade.
Talvez eu seja de mentira.
Talvez eu não exista.
Talvez só eu acredite em mim e nas verdades que não existem.
Tudo que se olha no espelho nem sempre é verdade.
Nem toda carta de amor é verdade.
Nem todo presente é de coração.
Há sonhos que não existem…
Mesmo aqueles que acreditamos.
Talvez um dia eu consiga entender ou acreditar que algo tenha sido feliz.
Ou de verdade.
.
Escrevemos nossa história nas páginas do acaso. Nos dissipamos nos fatos. O amor, nossa ilusão mais acalentada, ainda sustenta com dificuldade nossos trêmulos passos. Inventamos a vida, que a priori não tem nenhum sentido, com algumas ideias fixas que nos atraem. Buscamos o mesmo (felicidade) e muitas vezes desconstruímos os caminhos dos que caminham, por algum tempo, do nosso lado. Talvez sejamos de verdade, mas a verdade pode ser uma mentira. Muito bonito, Giseli.
Desculpe a falha. Onde escrevi “giseli” desconsidere. E todo crédito à beleza das palavras da real autora: Danielle.