O problema de ficar sozinha é sonhar que sua vida amorosa tem toda possibilidade de virar uma história de amor de cinema.
A gente está aqui, cercada de realidade: contas para pagar, filho para cuidar, a calça jeans não cabe mais e quando o telefone toca (adivinha?) é a sua mãe. Ou um ex casado, ex com namorada, ex com batata. Aquele que você realmente gostaria de atender, não te atende, porque, bem… a vida é essa coisa linda que vocês sabem que é.
Outro dia um sujeito me disse “não te procurei de novo, porque você poderia pensar que daria certo”. Bem, não pensei que daria certo, mas também não achei que TINHA que dar errado. Ohhhh desculpa em ter pensado que seria legal te ver de novo. O pai da minha filha morria de medo de se envolver comigo, porque ele jurava que eu queria casar, enquanto eu pensava “você na sua casa, eu na minha, mas NOSSA filha”. Ohhhh desculpa se precisamos falar sobre plano de saúde, escola, coisas que os pais conversam. Isso estraga o NAMORO.
Peraí, eu tô usando repelente francês? Ou só não estou conformada que não tenho um amor daquele que vi no cinema? Porque no cinema NADA DISSO importa. O importante, primeiro, é gostar de alguém. Não sei onde está estampado em mim que sou uma desesperada querendo trancar um coitadinho no meu calabouço. Olha que não tenho nem castelo, não ando com chaves penduradas… A única coisa que não conseguir ser (ainda!) é um robô.
Jesus, me proteja de pessoas sábias e bem intencionadas, que gostam de me consolar. Eu só quero entender por que o presidente dos United States of America não é apaixonado por mim, e deixaria todo poder só porque quer passar o resto da vida com a minha pessoa. Tá bom… Não precisa ser tanto, eu tô vendo muita série… Mas o Universo poderia, de vez em quando, conspirar a meu favor e tirar do meu caminho esses engôdos que estragam a minha história de amor?
O problema não é comigo (não?). Nem com eles (também não?)… Mas, definitivamente… Essa história de amor esquisita que está por aqui não é minha. Não é.
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Rir, eu ri. Depois, achei você nova demais para tantas certezas absolutas. Tive que parar de tomar café (senão respingaria em todo mundo) com a expressão “repelente francês”. Sem querer sem bem intencionado e sabendo de pronto que não sou sábio, segue um toque do Dico Dalma, um filósofo francês que gosta do inter: Assim que você deixar de se estressar, o estresse acaba. Entende a sutiliza? Sai de moleton, anda de bicicleta e vai à pé pra casa. Você pode não encontrar um amor de cinema, mas que a endorfina vai ser melhor que o repelente francês, isso vai.
O problema é que as pessoas querem tanto se proteger de compromisso que se proíbem de CONHECER uma pessoa que acrescentaria muito em suas vidas e que não necessariamente se casaria com ele/ela.
Aí as relações ficam pobres e, por consequência, as almas também empobrecem.
Enquanto as relações não se aprofundarem, o mundo continuará indo muito mal…
“Aquele que você realmente gostaria de atender, não te atende, porque, bem… a vida é essa coisa linda que vocês sabem que é”.
Ler esse texto hoje (logo hoje) primeiro dia de término de namoro foi um conforto.
Danielle!
Não se sinta um robô ou um ET. Na vida real as histórias de amor são complicadas mesmo. A gente complica. Você ainda vai achar um cara desencanado, que não perca tempo em ficar racionalizando o que nunca foi feito pra ser racional.
Ow! Eu estava no Rio no último fim de semana e te vi na sexta a tarde, no Forte de Copacabana. Você e Marina. E acho que a ruiva de saia longa que estava com vocês era a Gizelle, certo? Pois é! Quase pedi um autógrafo, mas morri de vergonha.
Foi legal ver minhas ídolas da blogosfera em suas vidas reais ao vivo.
Adoro vocês!
Beijo.
Meniiiinaaaaaa, mas DEVERIA TER FALADO!!!! Seria um prazer!
A ruiva é a Lina! A outra, com o filho grande, é a Giseli!! ;-)
Beijo, frô!!!
Hehehe beleza, da próxima vez eu crio coragem. :)
Beijos!
Eu li e lembrei daquela música, “O amor é filme”… kkk… Mas nem sempre o filme é uma comédia romântica com final bonitinho… Concordo com tudo que a Ana Márcia comentou. Hoje em dia, tá difícil até arrumar amigos, ninguém quer deixar ninguém entrar. :-/
eu estava nesse instante, resolvendo uma crise como essa Dani!O cara achando que eu queria casar e eu … (denovobenhe?) não, não quero não, mas achei q podia ser legal curtir junto… q merdaheim …
Sei bem como é essa impressão! No meu caso, passei um tempo achando que atraio cafajestes – dos piores, que têm namorada, fingem não ter, e depois me deixam com o coração na mão e a pergunta na cabeça de que “será que não sou boa o suficiente?”. Ultimamente, ando refletindo que eles que não eram bons suficientes para mim.
Deixei a neura para lá, alguém já havia me dado o conselho do @marielfernandes… E agora me vi numa troca de msgs com um amor de carnaval que agora trabalha em outro estado – beem longe- mas que vem essa semana e está louco para me ver que eu sei =P
Para fundo musical, Los Hermanos: “Deixa ser como será..”
Se o problema não sou eu, nem é ele, qual é, então? me fode a vida, viu :/ (com o perdão do palavrão, caso alguém se sinta ofendido. Mas não tenho outra expressão).
Sei cumé, amigammmm… Sei cumé!
Sempre bom te ler, Dani. Não conhecia esse espaço ainda :O