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Boas festas

Eu gosto da ideia de ciclos, de renovação, de ter esperança de que tudo vai ser melhor do que é – presentes nesta época do ano. Mas o choque de realidade que vivi em 2019 me ensinou que todos os dias são iguais. Depois de meia noite e o que muda? Nada. Absolutamente nada. Estamos ali diante dos mesmos problemas, dilemas, reflexões e esperanças.

Isso não é um texto pessimista. Ou não deveria. É uma tentativa de dizer que devemos celebrar mais a vida e não aguardar por datas festivas para marcar o encontro com as amigas, ver aquele parente distante, comer o que gosta, presentear quem você ama.

2019 não foi bom para quase ninguém e, claro, a maioria de nós quer se ver livre dele. Eu sou uma dessas pessoas. Creio, de todo coração, que não vou viver um ano tão ruim quanto esse e, que se fui capaz de sobreviver a este ano, darei conta de enfrentar os desafios que vão surgir. E isso é o que desejo a todos: força para enfrentar o que vier.

Desejo também que não façam confraternizações por obrigação, que não comprem roupas novas para desfilar para os outros, que não deem presentes e fiquem endividados, que não façam doações esperando reconhecimento. Que todos possam ser verdadeiros com os outros e consigo mesmo. Que deem e recebam abraços e beijos sinceros. E, se ganharem presentes, que tenham sido comprados com carinho e amor.

Feliz Natal e bom ano novo!

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A sua ansiedade aumenta no final do ano?

Os estabelecimentos comerciais estão com enfeites natalinos, os supermercados já vendem panetone, os vizinhos já têm guirlanda na porta e as pessoas começam a se organizar para saber como serão realizados os festejos da virada de ano. E o que era para ser apenas alegria, se transforma em mais uma fonte de estresse.

A chegada do fim do ano lembra que nem todas as metas foram alcançadas e, para muitas pessoas, fica a sensação de que o tempo passou muito rápido e a sua vida não avançou. E eu li, esta semana, uma matéria justamente sobre isso: o aumento da ansiedade e depressão nessa época de fim de ano.

Não é difícil entender o porquê: medo, insegurança, trabalhos inacabados, frustração, carência, objetivos não alcançados, cansaço, questões financeiras, saudade de familiares que já não vivem entre nós. Cada um de nós tem a sua razão, mas todos, de alguma maneira, ficam ansiosos com a chegada das festas, nem que seja para se preocupar com a ceia.

No final do ano nos damos conta da lista que fizemos no início e não fomos capazes de cumprir. Pagar as dívidas, praticar exercícios físicos, largar o cigarro, adotar uma alimentação saudável, poupar dinheiro, arranjar um emprego, encontrar um amor. Embora nem todas as metas dependam exclusivamente de nós, não cumpri-las gera angústia e frustração.

Está ansioso? Você não é o único. A impressão de que fez pouco, conquistou pouco, não atingiu suas metas e não se realizou é mais comum do que imaginamos. Mas é verdadeira? As tantas responsabilidades cotidianas podem fazer com que as pessoas não percebam as mudanças de objetivos e tenham a sensação de que não foram capazes de realizar o que queriam, mesmo que tenham feito muito mais do que imaginavam.

O final do ano representa o final de um ciclo. Seja menos exigente consigo mesmo e confie que o próximo ano será melhor. Não tem jeito. A sensação de incompletude faz parte da natureza humana. Em maior ou menor grau sempre estará presente em algum momento da nossa vida. E é essa sensação que nos faz desapegar de valores, refletir sobre os nossos objetivos, refazer os planos e ter força para continuar. Siga o curso da vida.

O que é realmente necessário para a sua vida? É hora de pensar sobre isso para não sofrer com as expectativas que os outros têm e seguir em paz com a sua essência e seus planos. Passada essa euforia com o fim de ano, um outro chega e nos dá a oportunidade de começar de novo.

Crônica publicada no blog de Giseli Rodrigues no dia 11 de novembro de 2019.

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Presente de Natal

Final de ano é uma época controversa, em que muitos sentem saudades de pessoas que já não estão entre nós, lembram antigos desafetos, sofrem pela ausência de quem está longe. Enquanto outros estão ansiosos para viajar, encontrar familiares, se reunir com os amigos. Alguns consideram a data triste e outros veem nela uma oportunidade de renovação, esperança, planos e promessas.

Mas, triste ou alegre, há luzes coloridas pela cidade, vitrines iluminadas e milhares de pessoas em busca de presentes para os seus entes queridos. Seja para demonstrar afeto, mostrar que lembrou de quem ama ou pedir desculpas, a proximidade do Natal faz com que muitas pessoas distribuam caixinhas que, além de objetos, estão cheias de sentimentos.

As lojas ficam lotadas e as ruas intransitáveis. Em meio a tanto consumismo algumas pessoas lamentam a impossibilidade de comprar presentes. Mas com pouco ou muito dinheiro sempre é possível presentear quem você ama. Com uma carta, um doce, uma declaração nas redes sociais, se oferecendo para ajudar de alguma maneira.

O melhor presente de Natal é o sentimento que vem com ele. De nada adianta vistosas caixas e objetos caros se não há um relacionamento harmônico e um sentimento verdadeiro. Eu sei que parece clichê – e é mesmo – mas nenhum embrulho é mais valioso do que o amor. É ele que permanece quando o presente acaba, não serve mais ou perdeu a graça.

Eu desejo que todos ganhem muitos presentes. Mas, sobretudo, que ganhem muito amor. Que as caixas que recebam não sejam fruto de mera formalidade e educação, e sim que estejam repletas de bons sentimentos e desejos de felicidade.

Feliz Natal!

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Por ceias com mais amor e menos climão

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Natal e Ano Novo são ótimas oportunidades para estar com quem amamos, confraternizar, fazer receitas deliciosas, trocar presentes. A ideia de reunir todos os familiares, matar a saudade e jogar conversa fora é maravilhosa. Mas a execução nem sempre. Nem toda ceia é só paz e amor. Já vi muita noite feliz se transformar em pesadelo.

Tem o chato que destila preconceito em forma de piadinha. O inconveniente que pergunta “e os namoradinhos?” ou “quando sai o casamento?”. Alguém que diz “cuidado com o relógio biológico, já está na hora de ter filho”. Um parente que não leva o presente de amigo-oculto. Uma pessoa que diz que lugar de mulher é na cozinha ou que ela já pode casar, pois fez uma receita exemplar. Aquele que controla a fome alheia e diz que está na hora da pessoa fazer uma dieta. Haja paciência.

Por mais que o Natal seja mágico, ele não é milagroso. As pessoas se comportam da mesma maneira que se comportaram o ano todo. Os chatos continuam chatos, os inconvenientes continuam inconvenientes, os racistas continuam racistas, os machistas continuam machistas, os preconceituosos continuam preconceituosos, os agressivos continuam agressivos. E, como quem fala o que quer ouve o que não quer, tem início um conflito familiar bem na hora da ceia. Um verdadeiro climão.

Portanto, se for passar as festas na casa de alguém, não seja você o inconveniente. Pratique o amor, a empatia e o respeito. Afinal, é disso que trata o espírito natalino, não é verdade? E isso independe de religião. Só depende de educação e boa vontade mesmo. Se for você o anfitrião, ser o dono da casa não justifica ser o intolerante, mal educado e desrespeitoso com os convidados.

Não adianta desejar mais amor para o mundo se você não consegue praticar o amor nem nas festas de final de ano com as pessoas próximas, com quem teoricamente você deveria se preocupar mais e tratar de maneira respeitosa e amiga. Abandone os rótulos, não crie expectativas em relação a vida alheia, aceite os outros como eles são e se desfaça de toda intolerância e preconceito que só fazem afastar as pessoas, causar brigas e desafetos.

Conseguindo isso nas festas, é possível em todas as outras datas do ano. E não existe presente mais útil do que a civilidade, o respeito ao próximo, o bom senso e a noção de que as pessoas não estão na festa – nem em qualquer outro lugar – para servir de deboche, crítica ou piada.

Portanto, desejo que todos participem de encontros alegres e inesquecíveis. Que mais do que presentes troquem amor e afeto. Que encontrem nas festas de final de ano boas energias para seguir em frente.

Um feliz Natal e um próspero Ano Novo para todos nós!

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Três anos de Amor Crônico

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Manter um blog não é algo fácil. Um blog para falar de amor, divagar sobre o amor, pensar sobre o amor e relatar vivências de amor em um mundo cheio de ódio e violência menos ainda. Mas hoje, dia em que o Amor Crônico completa três anos, temos a certeza de que ainda há muita gente que acredita na força do amor. São múltiplas as formas de amar. E de amor. Para cada coisa que existe nesse mundo há alguém para amar e odiar. E preferimos nos prender ao amor que transborda em nossa existência. Mesmo que, em se tratando de relacionamentos com interpessoais, amar não seja bom o tempo todo. Às vezes causa dor, angústia, medo, saudade. E milhares de outros sentimentos que vivenciamos com as pessoas que nos são importantes. Amar faz parte do nosso caminho. Da nossa vida. Da nossa trajetória. Do nosso aprendizado. E sem ele seria difícil seguir em frente a cada tropeço.

Todo amor que houver nessa vida para todos nós. Hoje e sempre.

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