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Presente de Natal

Final de ano é uma época controversa, em que muitos sentem saudades de pessoas que já não estão entre nós, lembram antigos desafetos, sofrem pela ausência de quem está longe. Enquanto outros estão ansiosos para viajar, encontrar familiares, se reunir com os amigos. Alguns consideram a data triste e outros veem nela uma oportunidade de renovação, esperança, planos e promessas.

Mas, triste ou alegre, há luzes coloridas pela cidade, vitrines iluminadas e milhares de pessoas em busca de presentes para os seus entes queridos. Seja para demonstrar afeto, mostrar que lembrou de quem ama ou pedir desculpas, a proximidade do Natal faz com que muitas pessoas distribuam caixinhas que, além de objetos, estão cheias de sentimentos.

As lojas ficam lotadas e as ruas intransitáveis. Em meio a tanto consumismo algumas pessoas lamentam a impossibilidade de comprar presentes. Mas com pouco ou muito dinheiro sempre é possível presentear quem você ama. Com uma carta, um doce, uma declaração nas redes sociais, se oferecendo para ajudar de alguma maneira.

O melhor presente de Natal é o sentimento que vem com ele. De nada adianta vistosas caixas e objetos caros se não há um relacionamento harmônico e um sentimento verdadeiro. Eu sei que parece clichê – e é mesmo – mas nenhum embrulho é mais valioso do que o amor. É ele que permanece quando o presente acaba, não serve mais ou perdeu a graça.

Eu desejo que todos ganhem muitos presentes. Mas, sobretudo, que ganhem muito amor. Que as caixas que recebam não sejam fruto de mera formalidade e educação, e sim que estejam repletas de bons sentimentos e desejos de felicidade.

Feliz Natal!

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Não basta amar, tem que demonstrar

No início do relacionamento, quando as pessoas ainda estão naquela fase de conquista, não falta demonstração de afeto. Flores, bombons, convites para sair, elogios, mensagens ao longo do dia, cartões, e-mails, ligações. Faço aqui uma observação: se você está iniciando um romance e desde já é só problema, caia fora, como já diz uma amiga minha, “nada é tão ruim que não possa piorar”.

Voltando ao tema da crônica, é comum pensar que após a conquista as pessoas já conhecem o sentimento uma das outras e não precisam mais dizer eu te amo, comprar presentes, lembrar datas comemorativas, enviar mensagens, elogiar. Embalados pela rotina, os compromissos, os afazeres domésticos e, principalmente, que o amor não precisa ser verbalizado, vão pouco a pouco esquecendo as declarações de amor.

Palavras podem ser só palavras. Ou não. Elas têm graça, cor, magia, paixão e, ainda que não consigam traduzir os sentimentos com perfeição, podem auxiliar àqueles que também não economizam nas ações. Abuse delas. Compre um cartão, escreva uma dedicatória num livro, envie uma mensagem, diga que está com saudades. É claro adianta dizer eu te amo e agredir a pessoa, enviar mensagens de amor e fazer grosseria, elogiar e ridicularizar o companheiro, por exemplo.

As palavras são apenas uma maneira de demonstrar o que você sente. Existem outras. Ouvir é uma delas. Ser um ouvido amigo no momento preciso, dedicar atenção, estar presente, notar o outro em sua existência é, também, uma demonstração de amor. Ninguém pode negar a importância da comunicação na vida cotidiana e, principalmente, numa relação amorosa. Querer compreender o outro, ouvir suas queixas, opiniões e novidades abre oportunidade para que o casal reflita sobre diferentes pontos de vista e fique mais próximo.

Engana-se quem pensa que para demonstrar amor precisa de gestos grandiosos, presentes caros e surpresas mirabolantes. O amor está na sutileza. No prato preferido feito com carinho, na flor colhida no jardim, no “eu te amo” numa hora improvável, no chocolate caribe que você odeia, mas comprou porque o outro ama.

Cada pessoa demonstra o amor de uma maneira e, claro, cada uma delas interpreta as demonstrações do companheiro do seu jeito. Portanto, perceba o que o seu amor valoriza, do que ele gosta, o que entende por demonstração de afeto. Algumas mulheres acham brega receber flores enquanto outras adoram, por exemplo. Demonstre o seu sentimento de modo que o outro compreenda. E tente reconhecer quando está diante de uma demonstração espontânea.

Só não caia da cilada de acreditar que, por estar em um relacionamento longo e amar o parceiro, as demonstrações cotidianas de carinho e afeto são dispensáveis. Não são. O amor é como uma plantinha que, para se desenvolver sempre saudável, precisa de atenção todos os dias.

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Todo dia é dia dos namorados

namorados

Quando nos conhecemos eu seria capaz de jurar que o nosso relacionamento não seria nada além de um passatempo e alguns encontros casuais. Tenho certeza que você teria jurado o mesmo. Tudo que eu menos queria era me envolver com alguém naquele momento. E você também. Não levávamos muita fé na gente e ficamos ali, sem criar expectativas sobre um futuro a dois.

Como não temos controle sobre as coisas do coração, estamos juntos. Contrariando a expectativa de amigos, familiares e, principalmente, de nós mesmos. E hoje é o nosso oitavo dia dos namorados. Lembro-me do primeiro, em Santa Catarina. Naquele dia ainda não tínhamos assumido um namoro, não houve troca de presentes e não podemos dizer que foi um jantar romântico. Mas a viagem foi divertida e o jantar também, você lembra?

Aliás, naquele dia não poderíamos imaginar muitas outras coisas que estariam por vir. Quem de nós iria prever que aquela seria a primeira viagem de muitas? Que faríamos listas dos lugares que queremos visitar? Que iríamos viver sob o mesmo teto e teríamos uma casa decorada com vários objetos comprados em viagens? Nenhum de nós. Aquela viagem foi um prenúncio que não tivemos maturidade de compreender.

Já tivemos a oportunidade de comemorar o Valentine´s Day em Londres, lembra? Comemoramos por acaso, é verdade. Percebemos que tinha corações espalhados pela cidade, o restaurante estava todo decorado e tinha um cardápio especial. Foi uma noite alegre, divertida, teve boa comida e o melhor presente que poderíamos dar um ao outro: a felicidade de conhecer mais uma cidade do mundo em boa companhia.

Alguns dizem que o Dia dos Namorados é uma data meramente comercial, que não serve de nada, que é desnecessário, que é puro capitalismo. Eu respeito a opinião de cada um e a decisão de cada pessoa comemorar a seu modo. Ou não comemorar. Cada casal, sem dúvida alguma, tem suas próprias regras, seus rituais, seus acordos e suas próprias comemorações. Só que hoje em dia eu vejo graça e beleza na possibilidade de comemorar qualquer dia com você. E o Dia dos Namorados ganhou um significado para mim.

A data é importante para as pessoas que elas devem ser gentis, dar presentes, elogiar, agradar e surpreender quem se ama. E quem não tem oportunidade de fazer isso com frequência pode fazer nesse dia. Essas mesmas pessoas podem perceber que, ainda que exista uma data específica, podem fazer de vários outros dias do ano um dia especial, feliz e dos namorados.

Podem comemorar o Dia dos namorados aqueles que ainda não sabem se estão namorando ou não, como não soubemos um dia. Aqueles que já sabem que estão namorando. Os que estão noivos. Os que são casados. Porque cada 12 de junho é diferente um do outro e ganha um significado quando estamos com quem é importante para nós.

Existe dia dos namorados em todos os meses e em qualquer dia da semana. Quer exemplos? Quando você faz um jantar à luz de velas para me receber cansada, depois de uma aula estressante. Quando se arrisca a fazer um prato novo, pois sabe que eu adoro. Quando compramos algo que o outro gosta. Quando fazemos um elogio inesperado. Quando nos divertimos. Quando escrevemos um para o outro. Quando decidimos mais um destino de viagem. Quando eu resolvo assistir um filme que não gosto e fico lutando contra o sono.

Namorar é fazer pacto com a felicidade, independente do estado civil. E sabemos: a felicidade está nas pequenas coisas, o amor só floresce quando plantamos e o melhor lugar do mundo é ao lado de quem amamos, em qualquer dia do ano.

Feliz Dia dos Namorados!

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Presenteie com cartas de amor, ridículas

carta pai natal1– Filho, o que você quer de presente de Natal?

– Um cartão. Faz tempo que você não escreve para mim.

Preciso dizer que me emocionei quando meu filho, adolescente, pediu um presente tão simples como um papel com algumas palavras escritas por mim? Mas o seu pedido me fez refletir a semana inteira: faz muito tempo que não escrevo para nenhuma das pessoas que amo nem digo o quanto são importantes para mim. Por razões muito simples: nunca disseram que gostavam dos meus escritos e eu estava certa de que já sabem o quanto são importantes para mim. E se já sabem eu não preciso mais dizer.

É claro que não adianta dizer “eu te amo” e agredir a pessoa, gritar com ela, ser estúpido, mal educado e arrogante. Mas meu filho me ensinou que, embora o amor possa ser demonstrado por meio de gestos e atitudes, como acordar mais cedo e fazer o café da manhã ou trazer o chocolate preferido na volta do trabalho, ele precisa ser verbalizado também. E escrito.

Ensinamos as crianças a escreverem cartas para o Papai Noel pedindo uma boneca, uma bicicleta, um videogame, mas não as ajudamos a escrever uma cartinha para os avós, primos, irmãos ou quem quer que seja, desejando um Feliz Natal. Aprendemos e ensinamos que o amor pode ser demonstrado em forma de presente: dando uma joia, uma bolsa, uma carteira, um sapato, flores ou chocolates.

Eu, como a maioria das pessoas, gosto de ganhar presentes. E de me presentear também, diga-se de passagem. Mas quando o sapato desgasta, a roupa fica velha, o brinco sai de moda, o que sobra se não o amor que sentimos uns pelos outros? Esse, então, precisa ser dito, escrito, banalizado mesmo. A gente banaliza tanta coisa, por que não o amor que sentimos por aqueles que nos são importantes?

Para quem, como eu, economizou no “eu te amo” ao longo de 2014, aja diferente no ano que está por vir. Compre mais cartões, escreva mais cartas, dê livros com dedicatória, expresse também em palavras o que sentem. E não espere o próximo Natal para isso, faça sem hora ou data marcada.

Afinal de contas, quando os presentes que você comprou acabarem ou não servirem mais, ainda restarão as suas palavras, eternizadas para sempre numa carta ou num cartão. E elas serão a demonstração absoluta de que as coisas que mais importam nessa vida valem pouco ou quase nada e que o amor é de graça e não tem preço!

Para terminar:

  • Filho, mãe, pai, irmã, noivo, familiares e amigos, amo vocês! Se não escrevo sempre e digo menos ainda é por acreditar que já sabem, mas tentarei agir diferente em 2015.
  • Hoje o Amor Crônico completa dois anos de vida e, aproveitando o espírito natalino e o conteúdo do texto: AM, Dani e Lina, carinhosamente chamadas de amoras, vocês são muito importantes na minha vida.
  • Feliz Natal e um incrível 2015 para todos!

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Amigo-oculto, a tradição de final de ano

presentsDentre as muitas coisas boas de dezembro uma delas é que as pessoas dizem que vão marcar alguma coisa e marcam mesmo. A agenda fica lotada de confraternizações: com os amigos de infância, colegas de escritório, turma da faculdade, familiares. E é praticamente impossível pensar em final de ano sem pensar em amigo-oculto.

É clichê, é batido, muitas pessoas não gostam da brincadeira, mas ela resiste. Apesar do trabalhão que dá: desde agendar uma data que todo mundo possa, a definir o valor do presente, passando pelo estilo de festa. E se o grupo sobrevive a isso sem brigas, existe amizade ali. E amizade sempre vale a pena.

Eu não faço ideia de onde surgiu essa brincadeira, quando nem quem a inventou. Só sei que todo ano sou convidada para mais de um amigo-oculto e por mais tímida que eu seja, por mais que nunca saiba dizer nada sobre a pessoa que sorteei, dificilmente me recuso a participar.

Para ter uma ideia, o mês está na metade e já participei de dois. Outros dois estão agendados para a próxima semana. Mas confesso que essa não é minha brincadeira preferida e que já tive péssimas experiências na infância, como por exemplo, ganhar um porta-joias enquanto todo mundo ganhou brinquedo.

Aliás, amigo-oculto é uma ótima maneira de ensinar as crianças a lidar com as frustrações, já vi muitas chorarem depois de ganhar o presente. Isso ensina que nem sempre os outros vão adivinhar seus pensamentos e mesmo falando com todas as letras o que deseja talvez não seja atendido. A vida é assim.

Amigo-oculto de livros, de chocolate, de havaianas, não importa. Importa é o pretexto para desejar felicidades àqueles que conviveram conosco o ano todo ou que não vemos durante os outros dias do ano, mas fazem parte da nossa história. E isso faz valer a brincadeira, mesmo que ela seja, na verdade, muito sem graça.

Boas festas!

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