Eu não queria, mas..

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Lembro com perfeição do dia em que nos conhecemos (e o achei super sério!), do dia em que esbarramos no banco enquanto íamos pagar contas (cena digna de novela!), do dia em que me convidou para sair (e o achei tão cara de pau!), do dia em que resolvi aceitar seu convite, do dia em saímos pela primeira vez.

Protagonizamos muitas cenas. Lindas, divertidas, alegres, cômicas, inflamadas, românticas, singelas. Só não sei em qual delas eu, tão dona de mim, não resisti e me entreguei. Hoje, aonde quer que eu vá, eu não quero ir sozinha – mesmo que saiba o caminho. E, quando não sei, tenho certeza de que será mais divertido me perder, para logo me encontrar, em sua companhia.

Você fez com que eu perdesse o medo. Medo de me envolver. Medo de amar. Medo de me entregar. Medo de me comprometer. Medo de sofrer. Um monte de “pequenos” medos que juntos, eram um só: medo de viver. Aprendi que evitar a dor e o sofrimento é possível, sim, mas dessa forma evitamos, também, o prazer e a felicidade.

Não sei o momento exato em que meu coração baixou a guarda e isso já não importa. Importa que gosto da sua voz. Das suas palavras. Do seu bom humor. Do seu senso de responsabilidade. Do seu sorriso. Da sua mania de organização. Do seu romantismo nada convencional. Da sua inteligência. Do seu beijo. Dos verbos que conjuga no plural. Da maneira como me acorda. Da forma como trata os amigos. Do modo educado e firme com que fala com as pessoas. Da sua objetividade. Da sua praticidade. Da sua espontaneidade.

Mas sabe do que eu mais gosto? Jura que não vai rir? Eu gosto mesmo é da pessoa que sou quando estou com você. De qualquer jeito. Do jeito que for. Porque você me entende. E me aceita. Bagunçada. Estabanada. Desastrada. Bem humorada. Mal humorada. Tepeêmica. Indecisa. Decidida. Implicante. Animada. Cansada. Preguiçosa. Ignorante. Intelectual. Sensata. Insensata. Equilibrada. Desequilibrada. Alegre. Triste. Menina. Mulher.

Ao seu lado eu posso ser eu mesma. De salto alto, sandálias havainas ou descalça. Penteada ou com cabelos desgrenhados. De biquíni ou vestido longo. Calma ou nervosa. Lendo Saramago ou revista Caras. Falando feito uma louca desvairada ou concentrada feito uma autista. Há maior felicidade de ser quem se é, sem medo de parecer ridículo?

Com você aprendi que não existe tampa da panela, metade da laranja, príncipe encantado, alma gêmea, mas, sim, pessoas que se completam – e se somam. Que decidem estar juntas, acreditam que se relacionar é possível, são verdadeiras com os seus sentimentos e se respeitam.

Por tudo isso, repenso a vida, a maneira como vejo o mundo, o modo com que me relaciono com as pessoas e fico com uma vontade enorme de ser cada dia melhor, porque você merece que eu seja o melhor de mim mesma. O que pode ser isso, se não o amor?

…agora quero cada dia mais!

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14 pensamentos sobre “Eu não queria, mas..

  1. DA-LHE MOZÃO! :-P

  2. HAHAHAHAHHAHAAHAHAHAH

  3. Detalhe, Dani: esta imagem é um quadro que pintei para ele! ;-)

  4. AAAAAUUUMMMMMM <3

    chique e romântica!

  5. Swellen disse:

    Wooouu :) adoreii *_*

  6. […] publicado no blog Amor Crônico em […]

  7. Dani Rosa disse:

    Que lindo ! Quando vi a chamada da postagem, pensei ter algo relacionado com o dia de São Jorge…Na Catalunha, este dia tem a cara de vocês:

    “San Jordi é o dia dos namorados na Catalunha” e, como acontece em muitos outros países, casais trocam presentes e amargam horas nas filas dos restaurantes para jantar à luz de velas.

    A grande diferença é: não estamos falando de joias ou perfumes. Aqui as Núrias e os Oriols trocam rosas (para as chicas) e livros (para os chicos). Não é lindo?

    Mas não é só isso. A festa também é celebrada publicamente. As ruas se enchem de barraquinhas de flores (caríssimas) e livros a ótimos preços (o governo suspende os impostos nessa data) e as pessoas, aproveitando que a primavera chegou, saem para passear pelas Ramblas do planeta. Também é tradição dar rosas às amigas/filhas/mães e livros aos amigos mais queridos.

    E o que flores e livros têm a ver com São Jorge? Fui buscar a explicação no blog da escritora Neta Mello, que também é professora de história e mãe de uma das criaturas que mais amo nesse mundo:

    “A lenda do século XI conta que Jorge, um cavaleiro da Capadócia, liberta uma princesa capturada por um enorme dragão. Ferido pela lança do cavaleiro, o dragão derrama sangue e ali nasce uma roseira como signo de amor e amizade. Em homenagem a Cervantes e Shakespeare que morreram no dia de São Jorge, o dia foi escolhido também como o dia do livro.” “”

    Beijos !

  8. Dani, que lindo! Adorei saber disso. Viva o amor e o amor aos livros. ;)
    Salve, Jorge!

  9. Ameeeeei… Sempre a Gis, sempre com suas palavras me inspirando. Parabéns querida… Me identifiquei muito com esse texto!!!

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