Filho, o maior amor do mundo

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Foi o meu filho nascer para eu imaginar como seria o nosso relacionamento daqui a alguns anos. Lembro do assombro que me preencheu ao imaginá-lo adolescente. Eu seria jovem ainda – e não estava certa se adulta o bastante para lidar com um menino com espinhas na cara, pelos o corpo e, sobretudo, hormônios que desejam contestar o mundo.

A rotina de mãe fez com que eu esquecesse meus devaneios. Meu filho, como toda criança, só teria uma infância e, portanto, tratei de aproveitá-la ao máximo. Emocionei-me com as primeiras palavras e os primeiros passinhos. Chorei quando ele foi à escola pela primeira vez. Li e criei histórias, o levei a museus, praias, parques, zoológico, peças de teatro, cinema, circo. Fizemos desenhos, inventamos cidades, sonhamos conquistar o mundo e o recriamos diversas vezes.

Quando vejo um bebê não sinto a mínima saudade de quando o meu filho cabia em meus braços, comia o que eu determinava e me acompanhava onde eu quisesse. Ele cresceu. E eu também. Suas contestações, sua rebeldia, sua inteligência e, por vezes, sua ignorância, me ensinaram (e ensinam) bastante.  Eu, que imaginava que fosse ensinar ao meu filho um monte de coisas, é que tenho aprendido com ele todos os dias.

Aprendi que não tenho controle sobre tudo, que gerar uma vida não significa ter domínio sobre ela, que as pessoas são indivíduos únicos e especiais e que temos sempre muito a aprender, porque o verdadeiro amor nos ensina a respeitar, aceitar e ponderar. Por um filho fazemos coisas que nunca imaginamos fazer, estudamos assuntos inimagináveis e nos preocupamos com coisas antes insignificantes.

O maior amor do mundo é o que temos pelo nosso filho. Ser mãe é sentir como se parte de nosso coração batesse em outro corpo – e isso transforma a nossa concepção de tempo, de vida, de gente. Para sempre. Todos os dias.

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5 pensamentos sobre “Filho, o maior amor do mundo

  1. Tb penso assim… As pessoas vivem nostálgicas quando veem bebês… Eu não! Na verdade até penso: Deus me livre! Curti e padeci cada segundo do crescimento da minha filha, e fico na expectativa (e apreensiva tb, claro) do que está por vir.

    Tudo muda. A gente cresce e volta a ser criança.

    É um amor que nunca dorme. ;-)

  2. […] de minha autoria, publicado no Amor Crônico, em 20 de novembro de […]

  3. Romântico. Não sei se praticável, mas lindo de se ler.

  4. Giselle disse:

    É a mais pura realidade… Estamos sempre em constante aprendizado!

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